Kaju Yamaka • 03 de abr, 2024 (editado)

Alfred Oscar Coffin

Alfred Oscar Coffin (14 mai, 1861 – 6 set, 1933) foi professor de matemática e línguas modernas. Escreveu obras que são consideradas por estudiosos da área como culturalmente relevantes. No entanto, ficou mais conhecido por ter sido:

Alfred O. Coffin em 1889

Devido ao seu elevado desempenho ao longo do curso de doutorado em biologia, recebou os seguintes elogios de sua faculdade [1]:

UNIVERSIDADE DE ILLINOIS WESLEYAN, Bloomington, Illinois.

[…] Nossos professores relataram para mim que seu trabalho escrito anterior era do mesmo caráter elevado. Dos quarenta ou cinquenta homens que obtiveram este diploma aqui, nos últimos quinze anos (todos em exame), o Sr. Coffin facilmente se coloca entre a meia dúzia que mais se destacaram. Ficamos muito satisfeitos com o cavalheirismo e a força de caráter que ele demonstrou e, sem dúvida, devemos agradecer em grande medida à Fisk University por isso. Muito verdadeiramente seu,

CHARLES M. MOSS.

Apesar de Coffin ter rompido barreiras, a cultura racista da época limitou significativamente sua carreira acadêmica assim como a de outros intelectuais negros da época.

Vida: Cronologia

Extraído parcialmente de “Frank Lincoln Mather - 1915” [2]

Obras

Academicamente, suas realizações mais significantes foram:

  1. “A origem dos Construtores de Montes”, Tese de 1889
    Tradução do inglês: ‘The Origin of the Mound Builders’

    O termo “construtores de montes” corresponde a uma técnica usada pelos antigos índios para elevação do solo. Teve início em 3500 aC (site arqueológico de Watson Brake) e se estendeu até o século 16. Geograficamente, esteve presente nos grandes lagos, no rio Ohio, no rio Mississippi e seus afluentes.
    Nessa tese, Coffin investigou os “construtores de montes” e traçou sua origem ao sudeste do México.

  2. “Terra sem chaminés, ou os atalhos do México”, Livro de 1898
    Tradução do inglês: ‘Land Without Chimneys, Or The Byways of Mexico’

    Tendo viajado extensivamente pelo México, o livro é um misto entre diário de viagem, história e, por incrível que pareça, especulações sobre vínculos da antiga população local com a lendária civilização de Atlântida. Marca a primeira vez que um negro americano publicou um livro significativo sobre os latino-americanos.

Ambas obras são reconhecidas por estudiosos como sendo culturalmente relevantes.

Morte

Extraído parcialmente do site: Grave Memorial[5]

Coffin faleceu em 6 de setembro de 1933, aos 72 anos de idade, no Kansas. Em sua lápide consta a seguinte inscrição:

“Pai
Alfred O. Coffin
1861-1933”.

Lápide de Alfred Oscar Coffin no cemitério de Westlawn, no Kansas.

Com a crescente popularização das contribuições de Coffin ao movimento negro, alguns internautas também deixaram suas homenagens na web:

“Escolhi o Sr. Coffin para minha tarefa de História Negra Americana porque acredito que suas contribuições devem ser lembradas e celebradas. Sua família deveria estar orgulhosa e qualquer um que lhe negasse o respeito que ele merecia deveria se sentir envergonhado.”

A Figueroa em 5 de fev. 2022

Inclusive sua TTTataraneta também deixou suas mensagens de homenagem:

“Isto é para você [flores digitais], TTTataravô,..eu li seus livros,.. vim para conhecer seus pensamentos,.você era um homem especial, um Indiana Jones, eu posso me orgulhar,..que sua alma e espírito Descanse até nos encontrarmos…..Paz~”

Nina Taylor em 2 de Maio de 2013

Alfred Coffin e sua esposa Minnie May Baker Coffin (15 Jan 1870 – 17 Jun 1894) tiveram juntos dois filhos: Lillian Viola Coffin Burdette (1892 – 1980) e Oscar Laurine Coffin (11 Mar 1894 – 15 Mai 1894). Infelizmente, Oscar morreu ainda recém nascido aos 2 meses de idade e um mês depois sua esposa Minnie também veio a falecer muito jovem aos 24 anos.

Além da dificuldade de superar tal tragédia familiar, também não deve ter sido fácil para Alfred Coffin cuidar sozinho da pequena Lillian e ainda assim superar o racismo da época. Não à toa o recado de conforto de Nina pra Minnie: “criou sua Lillian, bem”.

"Oh; TTTataravó eu encontrei você, agora você não está mais perdida, sua filha cresceu e se tornou uma linda mulher, e teve tantos filhos, você ficaria orgulhosa, e que seu marido, meu TTTataravô, Alfred O Coffin, se tornou um homem famoso e criou sua Lillian, bem, agora você está com todos os seus 3 entes queridos e rezo para que DEUS tenha sua alma e espírito em suas mãos.

De: Nina Taylor em 3 de Julho de 2012
Para: Minnie May Baker Coffin

“Isto é para vc tio-avô [um ursinho de pelúcia digital], você nunca teve chance de segurar seu ursinho de pelúcia, então vou deixar um para você. Sua mãe, minha avó {Minnie May} está com você agora. E seu querido pai, meu TTTataravô (Sr. Alfred Oscar Coffin), tornou-se um homem famoso do qual você teria se orgulhado, também está com você agora. Vocês são uma família novamente. Que DEUS segure sua alma e espírito em suas mãos.”

De: Nina Taylor em 3 de Julho de 2012
Para: Oscar Laurine Coffin


Referências Externas

[ 1 ] The American Missionary — Volume 43, No. 06, June, 1889

[ 2 ] Who’s who of the Colored Race: A General Biographical Dictionary of Men and Women of African Descent

[ 3 ] NATHAN COLEMAN, MICHIGAN’S MYSTERY BOTANIST

[ 4 ] The Portal to Texas History: A.O Coffin and Lillian Viola Coffin

[ 5 ] Grave Memorial: Alfred Oscar Coffin

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