QUESTÃO 133
Os raios cósmicos são fontes de radiação ionizante potencialmente perigosas para o organismo humano. Para quantificar a dose de radiação recebida, utiliza-se o sievert (Sv), definido como a unidade de energia recebida por unidade de massa. A exposição à radiação proveniente de raios cósmicos aumenta com a altitude, o que pode representar um problema para as tripulações de aeronaves. Recentemente, foram realizadas medições acuradas das doses de radiação ionizante para voos entre Rio de Janeiro e Roma. Os resultados têm indicado que a dose média de radiação recebida na fase de cruzeiro (que geralmente representa 80% do tempo total de voo) desse trecho intercontinental é 2 μSv/h. As normas internacionais da aviação civil limitam em 1 000 horas por ano o tempo de trabalho para as tripulações que atuem em voos intercontinentais. Considere que a dose de radiação ionizante para uma radiografia torácica é estimada em 0,2 mSv.
RUAS, A. C. O tripulante de aeronaves e a radiação ionizante. São Paulo: Edição do Autor, 2019 (adaptado).
A quantas radiografias torácicas corresponde a dose de radiação ionizante à qual um tripulante que atue no trecho Rio de Janeiro−Roma é exposto ao longo de um ano?
(A) 8
(B) 10
(C) 80
(D) 100
(E) 1 000
(A)
Considerando que os tripulantes cumpram 1000 horas de vôo internacional por ano, então 80% desse período ocorrerá durante a fase de cruzeiro:
t = 0,80 × 1000 = 800 hrs
Nessa fase do vôo, sabemos que a radiação recebida será de 2 μSv/h. Então, no total os tripulantes receberão:
E = 800 × 2.10-6
E = 16 × 10-4 Sv
Sabendo que cada radiografia corresponde a uma dose de 0,2 mSv, podemos calcular quantas radiografias correspondem a dose anual dos tripulantes:
n = 16 × 10-4 ÷ 0,2.10-3
n = 16 × 10-4 ÷ 2.10-4
n = 8
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